Lá chegando, calmamente tocaram a campainha e esperaram que ele abrisse a porta, obviamente seguros de que ele se entregaria.
Todavia, algo deu errado e o meliante começou a usar seu espantoso arsenal bélico. Atirou cinquenta vezes contra os policiais e soltou duas granadas. Dois policiais foram feridos e correram risco de morrer.
Por que raios os policiais foram cumprir a ordem de prisão assim, de forma tão despreocupada? Sem reforço, sem retaguarda, a peito aberto, absolutamente expostos?
Quem viu as cenas ao vivo mostradas pelo próprio delinquente, vistas do monitor das câmeras posicionadas do lado de fora da porta da casa, sentiu que algo estava errado com aquela forma de abordagem. Eu senti.
Suspeito que tenha havido prévio acerto entre o ex-deputado, o presidente da República e o ministro da Justiça. BolsoNero chegou a anunciar publicamente que havia destacado o ministro para resolver o caso.
Tudo acertado, o ministro deve ter dito aos policiais: "vão lá tranquilos porque já negociamos e ele vai se entregar". Um acordo político que certamente precedeu ao cumprimento da ordem judicial.
Os policiais foram enviados para uma arapuca!
BolsoNero e seu ministro expuseram quatro agentes da polícia federal à fúria de um bandido ensandecido sabidamente disposto a tudo.
É por isso que a Polícia Federal hoje está em pé de guerra com o candidato BolsoNero.
Depois de desmoralizar as Forças Armadas, desta feita BolsoNero expôs todo seu descaso à polícia federal. Gravemente. De modo imperdoável.
(*) Em Jacareí, SP, aos 24 de outubro de 2022