29/07/2021

Jogo Olímpico de Inverno

Esse é jogo duro. Só é bom mesmo nos jogos olímpicos de inverno, praticando "bobslad". Ou comentando na SporTV. Porque de política e atualidades, é como brasileiro disputando esqui.

Ele me fez uma daquelas provocações abiloladas de sempre (ver as imagens).

Minha resposta:

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"Ricardo, você é assim mesmo, tão ignorante, ou age de má-fé?!?

Advogados não são juízes, porque as atividades são incompatíveis.

Nenhum Ministro do STF é ou foi advogado do PT.

O mais próximo disso é José Antônio Dias Toffoli, que, como eu, foi assessor jurídico da bancada do PT (ele na câmara federal, durante a Constituinte, eu na Alesp, mais recentemente).

Eu fui advogado do PT (diretório estadual de SP, PT de Americana; PT de Capivari); ele, jamais.

Depois foi Advogado Geral da União, cargo a partir do qual se credenciou ao Supremo. Mas era tão "amigo do PT" que cometeu a injustiça de condenar José Genoino no Mensalão.

Dos demais, nenhum jamais teve qualquer proximidade com o PT.

Informe-se, para que do seu teclado não mais jorrem fezes para todo lado.

Lula foi absolvido em onze processos, julgados por diferentes juízes, todos concursados, todos juízes de carreira. Nenhum deles deve qualquer favor a Lula.

Lula só foi condenado - pres'tenção, mané! - só foi condenado em dois processos.

Dois.

Coincidentemente, nos dois o juiz incompetente, parcial e corrupto chamado Sérgio Moro pôs suas mãos sujas.

Os dois processos, mais outros dois em que ele também pôs suas mãos corruptas, que ainda não haviam sido concluídos, foram todos anulados por ter sido reconhecida a parcialidade de Moro.

Parcialidade que ficou evidenciada quando ele, em evidente ato de corrupção passiva, vendeu a sentença que condenou Lula e o impediu de ser candidato a presidente, abrindo e pavimentando a avenida que garantiu a eleição de BolsoNero.

E mal BolsoNero foi eleito ele correu para receber a propina combinada, o primeiro cargo a ele prometido (em conversa com Paulo Guedes, entre o primeiro e o segundo turnos da eleição presidencial), de Ministro da Justiça.

O segundo cargo prometido, de ministro do STF, ele não conseguiu. Recebeu um pé-na-bunda muito bem dado por BolsoNero, única atitude digna de aplauso.

Deixe de ser mané.

Traga argumentos sólidos, sérios, se quer mesmo debater como adulto.

Ou se mantenha assim, pueril, feito criança birrenta brincando e brigando no parquinho..."

25/07/2021

Borba Gato Subiu no Telhado

Sinal dos tempos. Ando me comunicando muito por memes. Criei no Facebook uma sequência deles somente tendo por tema o incêndio da estátua do bandeirante Borba Gato.

Gostemos ou não, trata-se de uma obra de arte. Um artista - um falecido escultor de nome Júlio Guerra - empreendeu seu talento, sua técnica, seu imaginário, sua visão particular de mundo e a concebeu. Deve ter-lhe custado horas, dias, meses até completá-la.

O mesmo Júlio Guerra é autor, por exemplo, da bela escultura "Mãe Preta", localizada no Largo do Paiçandu, também na capital paulista. Bela e significativa. Contradição? Talvez.

Obras de arte são bens juridicamente protegidos. Existe até lei especial para isso, a dos direitos autorais. Tem tipo específico no Código Penal (art. 184) para a violação dos direitos de autor, como é o caso da destruição de obra de arte. Dá cadeia, embora o valor do bem que a lei visa proteger pareça infimo, já que a pena é das mais brandas: detenção, de 3 meses a um ano. Isso sem contar, claro, que se trata de depredação de patrimônio público, mas aí já é outra história.

Penso que estátuas e obras que enaltecem genocidas e outros criminosos históricos - ditadores sanguinários, por exemplo - deveriam ser todas retiradas, mas não destruídas e, sim, levadas a um museu. Alguém sugeriu o "Museu da Vergonha". Concordo.

Ou, se mantidas expostas em praças públicas, deveriam estar acompanhadas de grandes painéis em que letras garrafais denunciassem as atrocidades que o "homenageado" cometeu. A sugestão é de meu amigo jornalista e radialista Wilson Reganelli. Pelo menos foi ele quem me passou. Seria uma denúncia constante e um desagravo permanente às vítimas.

A estátua de Borba Gato representa, antes de tudo, a figura nefasta do genocida que escravizou e seviciou sem piedade índios e negros. Tal qual fizeram com a obra que o homenageia, o bandeirante incendiou aldeias indígenas e quilombos. Matou e torturou. Foi responsável por atrocidades impublicáveis que resultaram numa limpeza étnica em nome do desenvolvimento econômico.

Não vejo sentido ético no clamor, que em maioria vem curiosamente da direita, por conta do que foi feito contra a estátua quando os incêndios que ele praticou na sua atividade, digamos, profissional foram muito mais graves e exterminaram vidas humanas, não apenas objetos de pedra e ferro, sem alma, sem sangue. Os índios e negros que nas mãos dele sucumbiram, é bom lembrar, eram de carne, osso e espírito.

Essa inusitada gritaria é algo tão surreal que só faltou essa gente, absolutamente indiferente às vítimas do genocida e de genocídios em geral - como este que vivenciamos em terras tupiniquins -, passar a defender os direitos humanos do próprio Borba Gato. Ou, pior, de sua estátua.

Por outro lado, o episódio pode ser visto como uma legítima manifestação de um segmento da sociedade identificado com as vítimas do sertanista exterminador, indignado com a permanência incômoda em praça pública de uma obra que o exalta como heroi.

Mas será que o ato tem mesmo esse grau de legitimidade? Será que os autores são de fato integrantes do segmento social identificado com os alvos preferenciais das ações eugenistas e higienistas do (mais um...) falso heroi nacional?

Coincidentemente, a ação se deu num dia de manifestações contra o genocida de carne e osso que insiste em atear fogo em nossas matas e nos matar. Que vem nos matando de roldão e baciada diariamente, há dois anos e meio, por conta de sua inatividade e de sua passividade próprias de uma estátua.

Coincidentemente, a guarda civil metropolitana, que guarda diuturnamente a estátua, não estava lá.

Coincidentemente, a polícia militar nada fez.

Parece que havia um propósito. Era a cena de vandalismo e violência que não havia, que faltava nas manifestações, marcadas pela pacificidade.

Parece que era preciso introduzir esses ingredientes na narrativa pró-presidencial.

Parece. Não sei, não tenho certeza, não tenho como afirmar.O que sei e que importa é que os genocidas começaram a cair.

Há uma vetusta piada de português (perdoe-me o leitor se soa politicamente incorreto) em que um gajo lusitano deixa com o compadre, em terras d'além-mar, seu gatinho de estimação, enquanto vem ao Brasil a passeio. Súbito, na praia, ele recebe uma ligação do outro que o informa da morte do gato. Indignado, o português repreende o compadre pelo susto que quase o mata. Este o indaga sobre como, afinal, deveria ter dado a notícia. "Primeiro, tu me dizes que o gato subiu no telhado", diz o viajor. "Mais tarde, tu me ligas para dizer que o gato passa mal", prossegue. "Só depois tu me contas da tragédia!". Passados mais uns dias, o turista recebe nova ligação do amigo: "compadre, tua mãe subiu no telhado!"

Supondo que os autores do incêndio da estátua sejam mesmo manifestantes contra o que ela representa, parece que o Gato bandeirante subiu no telhado. Que seja prenúncio da queda do genocida que nos desgoverna. E que nos mata com a indiferença das estátuas.

(LUÍS ANTÔNIO ALBIERO, em Capivari, SP, aos 25 de julho de 2021)

Esse Seu "Ladrão" Roubou o Quê?

Notícias sobre minha incursão pelo mundo do agrobusiness. O negócio agora é mexer com escondidinho de patinho moído. Esse descongelou.

Na postagem de um amigo comum, meu antigo colega de trabalho fez o comentário que aparece na imagem.

Enviei-lhe a seguinte resposta:

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"Meu querido e honrado amigo e vizinho José Cláudio *** Cláudio , se você me disser, com provas sérias , idôneas, o que foi afinal que esse SEU "LADRÃO que dizem ser ex-presidiário" roubou, eu agradeço.

Porque se for quem eu estou pensando, ele foi investigado exaustivamente desde que entrou na vida pública - ou seja, por mais de QUARENTA ANOS! - e, na Lava Jato, foi investigado por TODOS os meios, legais e ILEGAIS, e não encontraram NADA! Nem um centavo irregular numa mísera conta no exterior ou no Brasil, nem em nome dele, nem dos familiares, nem de amigos, assessores ou laranjas - tanto que um juiz corrupto, parcial e incompetente vendeu uma sentença e o condenou por uma singela REFORMA num apartamento classe média que nunca foi, não é e jamais será ou seria dele.

Em TODOS os outros processos que o juiz corrupto NÃO PÔS as mãos sujas, ele foi absolutamente ABSOLVIDO - e não por ministros "amigos" do STF, mas por diferentes JUÍZES DE CARREIRA, concursados. E os únicos dois em que esse juiz pôs as mãos e que resultaram em condenação, e mais dois outros não concluídos, foram TODOS anulados pela mais alta Corte do país em razão da parcialidade do juiz corrupto.

Se você me apontar e me disser o número do processo e o trânsito em julgado d roubo que ele fez e a respeito do qual SÓ VOCÊ talvez saiba - e imagino que tenha provas -, você estará fazendo um favor a mim, à nação brasileira e se livrando da acusação de estar sendo leviano.

Porque eu me recuso a acreditar que o amigo, colega e vizinho Claudinho, a quem conheço de longa data, tenha perdido na trajetória da vida aquele senso de justiça, aquele apego à verdade do qual eu sou e serei sempre testemunha."

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Em réplica, ele fugiu do cerne da questão e, previsivelmente, me repreendeu por ter-me intrometido numa conversa para a qual, de fato, não fui chamado. Mas era uma conversa pública, no perfil de um amigo comum, e que chegou até mim...

Eis a réplica dele:

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"Luís Antônio Albiero caro amigo, agradeço às considerações, você sabe que sempre houve reciprocidade de minha parte, pois nunca tive motivo algum para que fosse diferente. Me assusta no entanto, sua imposição impetuósa em minha direção, visto que fiz um comentário numa postagem de outra pessoa amiga, onde não marquei ninguém e, muito menos fiz referência a alguém. Logo, meu caro amigo, o Sr. tirou suas próprias conclusões. Pelo respeito mútuo, espero que aceite meu posicionamento, assim como sempre aceitei o seu e de todos. Afinal uma amizade sincera e, de longa data não pode ser abalada por suposições. Abraço."

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Minha tréplica:

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"Meu caro e educado amigo, colega e vizinho Cláudio ***. Foi com absoluto respeito que me dirigi a você, e o fiz com serenidade, com educação, com reconhecimento do seu bom caráter.

Não fiz em tom afrontoso, não fiz com acinte, não agi com a impetuosidade a que o amigo se refere.

Ao contrário, fiz com humildade, no desejo sincero de saber o que, afinal de contas, o seu "ladrão" roubou.

Nem foi um desafio a você - desafio que tenho feito a muitos, e há muito tempo, e sigo sem resposta -, mas com a humildade sincera de quem quer saber a verdade que talvez você saiba, justamente porque o conheço há tantos anos, pessoa digna de minha mais absoluta admiração, que duvido que se permitisse um comportamento leviano de chamar alguém de ladrão sem saber de fatos e provas concretas.

É com humildade que espero por sua resposta. Humildade de quem sabe que não tem o monopólio da verdade e está disposto a ceder as próprias convicções em face de provas reais, fatos bem definidos.

Confesso que não esperava essa sua resposta, que me causa muita estranheza.

De fato você não se dirigiu a mim, nem marcou ninguém nesse seu comentário, mas o fez publicamente, numa postagem de um amigo comum, nosso bom e velho Jorge *** *** .

E ele - seu comentário - chegou até mim, resplandesceu diante de meus olhos, sobretudo por conta da desproporção entre o que contém de mentira e a honestidade do seu autor - a sua honestidade!

E foi em nome de nossa velha, sincera e franca amizade que me achei no direito - perdoe-me pelo abuso - de questioná-lo com uma pergunta que é básica e que exige uma resposta singela: que o tal ladrão roubou isto, e a prova é esta.

Enfim, o amigo não me marcou, nem me chamou para o debate, mas seu comentário invadiu minha visão e me impôs a necessidade de restabelecer a verdade.

Nada obstante, continuo sem saber e deixo aqui a pergunta, singela, a exigir resposta de igual singeleza: afinal, o que foi que esse seu "ladrão" roubou?

E mais. Quando? Quanto? Onde está o fruto desse "roubo"? Qual ou quais as provas?!? Qual o processo? A sentença? O trânsito em julgado?!?

Aguardo serenamente."

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Sigo aguardando.

Serenamente.

Pacientemente...

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P.S.: DESDOBRAMENTOS DA TRETA

Ele me respondeu. Não, não respondeu o que o tal "ladrão" roubou, mas para dizer que eu o chamei de "leviano". Ou melhor, que eu o estaria assim chamando caso ele não atendesse ao meu questionamento.

Respondi:

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Cláudio, meu amigo, bom dia.

Hoje estou de folga, é feriado em São José dos Campos, por isso tenho tempo para respondê-lo (embora, a despeito do feriado, há prazos correndo e vou cuidar deles daqui a pouco, aqui de casa mesmo).

Não o acusei, em momento algum, de ser leviano. Longe de mim ter com você um comportamento leviano como o que eu critico nos outros.

Você apontou com tanta convicção que o personagem em tela é "ladrão" que quase me convenceu, e eu só lhe pedi para me indicar fatos concretos e provas idôneas, já que, depois de quarenta anos de Investigação, depois de toda ilegalidade praticada contra ele na lava jato, nada encontraram.

E eu fiquei convencido de que você teria esses elementos de prova que faltaram à justiça.

Eu não disse que você seria leviano caso não atendesse ao meu questionamento.

Eu só disse uma coisa óbvia: que sair por aí chamando alguém de ladrão sem um fato concreto, sem prova, é leviandade.

Ou não é?

Como você qualificaria a conduta - a conduta, não o caráter - de quem saísse por aí dizendo "ah, o Claudinho é ladrão!" ?

A primeira coisa que eu diria a quem me dissesse uma barbaridade como essa seria "duvido", porque conheço você, meu amigo.

Mas a segunda - ou mesmo a primeira, supondo que eu não o conhecesse tanto assim - seria: "mas ladrão por quê? Roubou o quê? De quem? Quando? Quanto? Como foi? Onde está o fruto desse roubo?"

E eu diria ao seu acusador "ou você me dá essas respostas ou vou concluir que não passa de leviandade de sua parte".

Será que eu estaria agindo mal, nessa hipótese?

Eu, por exemplo, posso lhe dizer concretamente por que acuso o juiz incompetente, parcial e corrupto de ser incompetente, parcial e corrupto. "Juiz ladrão", como bem definiu o deputado Glauber Braga, fazendo analogia ao futebol.

Incompetente porque não tinha competência para julgar um caso que, como ele próprio reconheceu em embargos declaratórios, não envolvia recursos da Petrobras (uma questão técnica; se você estiver disposto, posso dissertar a respeito); que dizia respeito a fatos supostamente ocorridos em Brasília e que envolviam imóveis em Guarujá e Atibaia - absolutamente fora, portanto, do raio jurisdicional de um juiz de Curitiba. E a incompetência foi reconhecida, ao fim e ao cabo, pelo STF, que por ampla maioria referendou a decisão monocrática do ministro Edson Fachin.

O Fachin, você sabe, é de Curitiba e, no Supremo, foi o tempo todo ardoroso defensor da Lava Jato (lembra dos meninos da Orcrim da Lava Jato, especialmente Deltan Dallagnol, comemorando com o já célebre bordão "aha, uhu, o Fachin é nosso!" ?). Pois é...

Parcial porque ele agiu o tempo todo com inescondível parcialidade. Que também restou reconhecida pela maioria da 2ª turma do STF, que anulou os quatro processos em que esse juiz pôs as mãos sujas - decisão também referendada pelo plenário do Supremo.

E corrupto porque condenou um réu sem crime real, sem prova, de olho numa vantagem indevida - um cargo vitalício no STF. E que entre o primeiro e o segundo turnos negociou essa "propina" (o cargo no STF, depois; primeiro, o cargo de Ministro da Justiça) com o então futuro ministro da fazenda, Paulo Guedes. Que, como combinado, às vésperas da eleição tornou pública uma delação sem pé nem cabeça que nem o MPF (no caso, a Orcrim da Lava Jato), nem a polícia federal levaram a sério, e com isso pavimentou a avenida que levou à eleição de BolsoNero.

E que, logo em seguida, serviço sujo feito, foi efetivamente buscar a propina e aceitou "de prima", sem pestanejar, o cargo de Ministro da Justiça, abandonando vinte anos de magistratura, cargo (o de juiz federal) que lhe garantia ganhos elevados, estabilidade e vitaliciedade (depois levou um belo pé no traseiro, única atitude digna de aplausos de BolsoNero).

Esses são os fatos que me permitem chamar o "juiz ladrão" de incompetente, parcial e corrupto. Que hoje, cinicamente, colhe os frutos de ter, com suas decisões, destruído a indústria naval e a construção civil do Brasil, e a própria Petrobras, para favorecer interesses de empresas estadunidenses. (Digo cinicamente porque hoje trabalha para recuperar as empresas que ele próprio, na condução da Lava Jato, destruiu).

É isso que espero de você: que me diga, como eu fiz, que o tal "ladrão" é ladrão porque roubou isto e as provas são estas...

Só isso!

Qual a dificuldade, afinal?

Meu caro Cláudio, eu só quis mesmo provocar a sua consciência.

Acredito no seu bom caráter e o reafirmo; acredito na sua honestidade, inclusive a chamada honestidade intelectual.

Eu sei que você não é leviano e que, portanto, não sairia (nem mais sairá) por aí espalhando o que hoje se dá o nome pomposo de "fake news", mas que não passa da velha e nada boa "mentira", ainda mais uma mentira que prejudica a honra alheia. E prejudicar a honra alheia, você sabe: é crime! Calúnia, injúria, difamação. Dá cadeia e indenização por danos morais. Ou seja - e é isso apenas que quero lhe dizer - é coisa séria, muito séria, para ser tratada assim, com diletantismo.

Você não é disso e tenho certeza de que não me negará a resposta.

Ou, se acaso não a tiver (e começo a admitir que de fato talvez você não a tenha, ou já a teria dado), sei que se conformará com a realidade, por mais que ela, a realidade, o desaponte, o desagrade, por não corresponder aos seus desejos.

Até porque há um sério e muito bom risco de o personagem em questão voltar a ser o presidente deste país. Queira Deus!

Afinal, alguém terá que liderar a reconstrução deste país depois dessa tragédia que se abateu sobre nós. E nada melhor do que quem já provou que é bom, que sabe o que faz e o que tem de ser feito, que é respeitado pela imensa maioria do seu povo e que tem ampla credibilidade internacional. E que é comprovadamente honesto no trato da coisa pública.

Um grande abraço a você e a toda sua família. Pena que não pude ficar em Capivari, pois, apesar de feriado hoje e amanhã em São José, minha esposa trabalha no Banco do Brasil de Santa Branca, cidadezinha aqui perto de Jacareí, onde o expediente é normal. Senão, poderíamos nos reunir em casa para tomar uma cervejinha, uma cachaça, uma caipirinha, bater um papo e aparar essas arestas todas.

Confio na sua inteligência, no seu bom caráter e na sua honestidade. E sei que um dia você tomará consciência do tanto de injustiças que se produziram contra esse seu "ladrão", essa figura nefasta construída pela mídia que você teria razão de odiar se fosse verdadeira.

Só que não é.

Abraços!"

(Em Capivari, SP, aos 25 de julho de 2021)