31/12/2018

Meus Bolsomínions de Estimação

Nos grupos de minha cidade de que participo tenho uma pequena, mas valiosa, coleção de bolsomínions da qual não abro mão.

Eu posto coisas sobre Bolsonaro e eles, ao invés de defendê-lo, vivem me lembrando que "Lula está preso".

É tanta a obsessão por Lula que hoje, agora há pouco, respondi: "sim, preso no seu pensamento e no coração do povo".

Um dia o STF ou a força popular tirarão Lula da masmorra de Curitiba, onde o ex e eterno presidente permanece como preso político, mas suponho que ele continuará encarcerado para sempre na mente doentia dessas pessoas.

Meus bolsomínions de estimação também parecem gostar de mim. Dizem que riem do que escrevo e me incentivam a fazer "stand up". Respondo que melhor rir do que chorar, ainda que seja esse riso nervoso que eles riem por falta de argumentos.

Em verdade, eles riem do desenho que, a grosso modo, sem muito talento e pouca sutileza, faço deles mesmos. Ou seja, riem de si próprios, característica que considero positiva, pois revela que, no âmago dessa gente, pode haver um resquício de sabedoria.

Eles vivem me convidando para que eu vá para Cuba e se comprazem com o fato de eu não ter ido, ainda, à vigília de Curitiba. Um dia certamente irei e farei questão de convidá-los. Imagino que tudo o que anseiam na vida é estar próximos de Lula.

Enfim, são meus bolsomínions de estimação e eu gosto de interagir com eles. Eles me forçam a exercitar minha paciência e minha tolerância.

(Em Capivari, SP, aos 31 de dezembro de 2018)

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