Aprendi, por exemplo, que é conveniente tratar de assuntos bizarros, escatológicos, de conotação sexual, como é do gosto de J. A. B. e R. A. Que é conveniente espalhar mentiras, expressões de preconceito, farsas, mesmo as mais grosseiras e inverossímeis, tão ao gosto ingênuo (sei que não o fazem por má-fé, mas por pura ingenuidade) das queridas S. e miga Y. (sinceramente queridas). Que é conveniente não tratar de política neste sacrossanto espaço virtual, exceto se for para malhar o governo federal e petistas em geral – entre os quais, a minha própria pessoa. Que é conveniente fazer insinuações sobre a vida alheia, como reiteradas vezes me fizeram os mesmos B. e A. Que é conveniente falar pelas costas, em linguagem cifrada, como fez o S. C. S., ao me chamar de “mala” na postagem sobre a loja do saudoso Kaplan, além de outros que se referiram a mim num grupo ao qual não tenho acesso e que, de alguma maneira, se redimiram.
Foi-me ensinado aqui que é conveniente chamar o “amigo” – é assim que o Facebook nos considera, e é isso que o nome do grupo sugere – de “pessoa chata” e “gente do mal”, como fez a S. C., meritíssima juíza das chatices alheias. Que é conveniente "matar" uma discussão séria postando impressões sobre o clima e a temperatura, como o R. L. Que é conveniente fazer proselitismo político contra o governo federal e contra nós, petistas, e, cinicamente – arte na qual é mestre o mesmo R. L. –, criticar quando eu ou Luciana postamos qualquer coisa a título de mera contraposição.
De outro lado, aprendi, com F. P. – que me conhece desde o berço e que sabe que eu sou o que não sou, ou que não sou o que sou (confesso que não fui capaz de compreender) – que fui inconveniente toda vez que procurei fazer a minha própria defesa e a defesa das minhas convicções diante das insinuações maldosas e das falsas acusações. Descobri que cada vez que eu contrapunha uma opinião a determinada postagem, política ou não, eu estava “podando” as irredarguíveis opiniões de O. F. A.
Recebi a lição, do ex-companheiro de lutas partidárias G. B. F., que, diante das mentiras, das farsas, das acusações e das insinuações, o melhor a fazer era responder com o “silêncio”, algo mais “sagrado” do que a verdade e do que a honra. Creio que tenha sido o “cala-boca” mais direto e mais inesperado que já recebi em toda minha vida!
Aprendi que o bom senso nem sempre comove, enquanto a insensatez é capaz de produzir aplausos, "curtidas", de várias pessoas, muitas das quais jamais eu poderia esperar.
Enfim, aprendi que num grupo formado por concidadãos da minha amada Capivari não há espaço para cultivar valores que essa mesma cidade, a Capivari de verdade, me ensinou ao longo dos mais de quarenta anos que ali vivi, como respeito à verdade, lealdade, franqueza, coragem. Foi na vida real, no convívio com os capivarianos de carne e osso, de corpo e alma, que desenvolvi meu espírito crítico, democrático e de solidariedade, e que aqui, no grupo, por mera conveniência, me vejo forçado a renegar, em nome de um pensamento único ao qual sou incapaz de aderir.
Em suma, caros amigos e muy amigos, os valores aqui cultivados não me convêm. O grupo tornou-se inconveniente para mim.
Por isso, estou deixando-o. Levo saudades de alguns, e de algumas atividades agradáveis que chegamos a compartilhar. Os que sentirem o mesmo em relação a mim, quaisquer que sejam, serão sempre bem-vindos na minha página pessoal, onde serão tratados como se tratam os verdadeiros amigos: com respeito, com espírito democrático, com lealdade. E com o que mais me foi negado aqui: solidariedade. A única exigência é que se expressem com educação – o que sei que é a regra dos amigos verdadeiros que aqui deixo e, portanto e obviamente, não é a eles que dirijo essa advertência.
A propósito, não se preocupem em me responder. Não lerei. Assim que eu clicar e me desligar do grupo, não mais terei acesso ao que quer que digam a meu respeito. Portanto, fiquem à vontade. Não mais voltarei. E espero que Luciana faça o mesmo.
Abraços aos amigos leais, aos que têm bom senso.
LUÍS ANTÔNIO ALBIERO, às 21h20min de 21 de abril de 2013.
PS.: aos muy amigos, peço-lhes que NÃO VOTEM em mim, mesmo que algum dia eu retorne às disputas eleitorais, o que será muito difícil; e também NÃO VOTEM em Dilma, Lula, Padilha, em petista algum. Eles não precisam do voto de vocês - há um Brasil inteiro ansioso por votar nesses companheiros. Sei que não preciso dizer isso a vocês, mas quero apenas acentuar que JAMAIS foi minha intenção fazer da minha participação, neste grupo, um "pedido de votos" sem sentido, inoportuno e inútil. Seria o mesmo que pedir a um palmeirense, como eu, que passasse a torcer pelo Corinthians. Só a imbecilidade de um ou outro para imaginar que fosse essa a minha intenção. Enfim, sintam-se livres dessa minha "opressão", também.
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Para ser lido especialmente - mas não obrigatoriamente - por ***** e quem mais puder. Não se sintam "obrigados" a ler. Só foi escrito para vocês, mas, se não lerem, não farão mal algum. Fui.