20/07/2023

32 Anos de Dias e Noites do Meu Bem

Esses meninos do vídeo são os "Seresteiros de Capivari". 

O jovem do violino é o consagrado Vitor Priante, que, como noticiei há pouco, faleceu ontem, 20 de julho, aos 92 anos de idade. 

O do violão é Denizart Fonseca, de Rafard, levado pela Covid em 2020 aos 94 anos de idade. 


Os dois bebês, o do pandeiro e o do trombone,  não conheço ou não estou reconhecendo.

Ao piano está Miguel Ângelo Annicchino, o saudoso "Miguelito", falecido em 2017, aos 75, que registrou em sua carreira dois momentos importantes. O primeiro foi quando se apresentou no teatro municipal do Rio de Janeiro (se eu não estiver enganado; pode ser que tenha sido no de São Paulo, mas à lembrança me vem o do Rio).


O segundo, foi em 20 de julho de 1991, quando, para minha surpresa e de Luciana, ele tocou e cantou em nosso casamento, na cerimônia religiosa realizada na igreja de São João Batista de Capivari. 

Alguns anos depois fomos ao casamento da irmã de uma amiga de república de Luciana, quando ambas estudavam na Unesp de Rio Claro. As irmãs eram de São Bernardo do Campo, cidade onde se realizou a cerimônia. Ao chegarmos ao salão de festas, outra surpresa. Miguelito, ele mesmo, era o músico e cantor da festa! 

Surpresa maior: a festa estava repleta de capivarianos e rafardenses, parentes do noivo, cuja família tinha suas origens em Rafard. Eita mundo pequeno!

Enfim, tudo isso só para deixar registrado que ontem, 20 de julho, fez 32 anos que Luciana aguenta este tormento em sua vida. Não é fácil ser casada com este que vos tecla, e por tanto tempo!

Fiz questão que a canção principal da cerimônia religiosa do nosso casamento fosse "A Noite do Meu Bem", de Dolores Duran (eu jurava, até hoje, até agora há pouco, que era de Milton Nascimento), que Miguelito executou de forma magistral. Havíamos contratado nossa amiga Ana Maria Giacomini Ferraz para essa tarefa, mas desconfio que ela "tramou" para nos presentear com a exibição do renomado pianista.

Hoje, eu quero a rosa mais linda que houver e a primeira estrela que vier para enfeitar a noite do meu bem.

Hoje, eu quero a paz de criança dormindo e o abandono de flores se abrindo para enfeitar a noite do meu bem.

Quero a alegria de um barco voltando, quero a ternura de mãos se encontrando para enfeitar a noite do meu bem.

Ah! eu quero o amor, o amor mais profundo. Eu quero toda beleza do mundo para enfeitar a noite do meu bem.

Ah! como esse bem demorou a chegar, eu já nem sei se terei no olhar toda pureza que eu quero lhe dar.

Amo você, Luluzinha. Beijos beijos beijos!

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=561477607287614&id=100002761381815&sfnsn=wiwspwa&mibextid=2Rb1fB








14/07/2023

A Turma da Maré Nada Mansa

Na minha passagem da infância para a juventude, entremeio dos anos 70 e 80, eu ouvia, por intermédio de um radinho de pilha que captava ondas curtas, um programa humorístico veiculado pela rádio Globo do Rio de Janeiro chamado ""A Turma da Maré Mansa"" (link nos comentários). Ia ao quintal de casa, à noite, para captar a transmissão, e ainda assim ouvia com dificuldade, entre interferências e falhas de sinal.

Formado por uma sequência de quadros vividos por comediantes por mim desconhecidos - eram vários e os nomes não eram anunciados -, o formato inspirou os programas de humor que àquela época já faziam sucesso na TV, especialmente na Globo.

Foi lá que nasceu, por exemplo, o célebre Saraiva, o sujeito nervosinho que não suportava perguntas imbecis. Não sei o nome do ator que emprestava a voz ao personagem, no rádio; sei, porém, que, levado à TV, foi encarnado pelo saudoso camarada piracicabano Francisco Milani. No rádio e na TV, a esposa Carolina perguntava ao marido, depois de uma crise de irritação, ""tá calminho agora, tá?"" E o Saraiva respondia: ""agora tô!""

Outro personagem marcante era um aluno de uma escola cujo quadro se iniciava com o locutor anunciando ""de Barroso a Burroso"". Não me perguntem o nome do comediante, pois também não faço a menor ideia.

Este segundo quadro me veio à lembrança por conta do que aconteceu ontem, no Congresso da UNE, em que o ministro Luís Roberto Barroso, valendo-se de sua mortal condição de cidadão brasileiro, discursou que ""nós derrotamos o bolsonarismo, a extrema-direita"", além de outras sentenças pronunciadas nessa mesma linha.

Nenhum reparo a fazer, em princípio. Afinal, todo cidadão desta amada ""terra brasilis"" que seja portador de mais de um neurônio, tenha um pingo de consciência democrática, vergonha nas fuças e uma lasca de amor no coração diria o mesmo. Só que ele se esqueceu que não é um simples cidadão, como eu, como você, meu leitor, minha leitora. É ministro do STF e, ainda que não seja seu atual presidente, sua fala é institucional.

Claro que a turma da maré revolta não perdeu tempo. Até em impeachment do ministro já falam os sensíveis e magoados bolsonarentos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, chegou a arvorar-se em censor do supremo magistrado e lhe passou um pito em público, reforçando as especulações sobre o impedimento do iluminado falastrão.

Tenho para mim que Barroso não deu uma de Burroso e, sim, como o mexicano ""Chapolim Colorado"", seu movimento foi friamente calculado.

Barroso fez foi sua estreia no ambiente político ao discursar para uma plateia de estudantes. Até porque, que diabos haveria de fazer um membro dos píncaros do Poder Judiciário num congresso de estudantes? Não custa lembrar que ele foi nominalmente homenageado em incontáveis acessos de loucura pelo ex-inquilino do Palácio da Alvorada, inclusive com adjetivos dos mais chulos e acanalhados, e ninguém, por conta disso, aventou a hipótese de provocar a defenestração antecipada do despresidente da república, embora fosse o caso.

Por impeachment - do qual duvido - ou por frios cálculos dos passos que, a meu ver, pretende dar e voos que almeja alçar, Barroso decerto antecipará sua aposentadoria e deixará o conforto do cargo vitalício que hoje ocupa para enveredar pelo terreno movediço da política.

Duvido do impeachment do ministro porque o Brasil já amadureceu o suficiente para saber que deve desviar de rotas perigosas como essa, sobretudo passado tão pouco tempo de uma sequência de diatribes golpistas que o país vivenciou. Uma nova crise institucional é tudo de que não precisamos.

Quanto ao que disse Pacheco, como líder de uma casa politicamente plural como o Senado Federal - que detém a competência constitucional de promover o processo de impeachment de um ministro do Supremo -, mesmo não sendo ele um típico bolsonarento, deu por cumprido o papel que dele se exige de não deixar barato o infeliz pronunciamento do juiz da Corte dita excelsa. Depois da tempestade, é inevitável que venha a mansidão da maré.

O ministro Barroso cometeu uma grande bobagem, é certo, mas é inegável que o cidadão Luís Roberto lavou a própria alma e falou por milhões de concidadãos brasileiros.

Aos Saraivas deste imenso Brasil, profetas do caos, pergunto se já estão calminhos. Agora estão?

(Luís Antônio Albiero, de Capivari, SP, em Jacareí, SP, na madrugada de 14 de julho de 2023)


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05/07/2023

Agora, Agorinha Mesmo

O pastor V. Adão Veladão contou aos seus fiéis, em um culto da igreja Balística da Ladainha transmitido para o Brasil a partir do Estados Unidos, que teve um papo-cabeça com Deus.

Segundo revelou o célebre tonsurado, o Altíssimo determinou a ele que, cheio de amor ao próximo e Jesus na veia e no coração, extermine os homossexuais de todo o país.

O autoproclamado Todo Poderoso teria dito ao eclesiástico que não poderia Ele mesmo praticar tal mortandade, pois prometera para Si próprio que, desde que patrocinou o dilúvio e mandou um arco-íris no "gran finale", não mais cometeria tais atrocidades, daí a razão de terceirizar a tarefa.

V. Adão Veladão estranhou a terceirização de um genocídio dessa magnitude e apelou para o instituto jurídico da "quarteirização". Imediatamente, repassou a missão para o exército de anjos, arcanjos e marmanjos formados por piedosos membros de sua igreja.

Ao anunciar ao público a transferência da responsabilidade, o clérigo gospel observou um incômodo silêncio na escuridão da plateia e disse: "vocês não pegaram. Agora é com vocês!"

Foi então que V. Adão Veladão contraiu o próprio corpo, soltou a munheca direita, deu um gritinho de "aaai", um pulinho bem maneiro de arrebatar o bumbum e disse "que absurdo, bofe!" (foto).

E repetiu, enfatizando que a obrigação divina "agora está com vocês".

Indagado pelo repórter Bohn Badão da FEIXnews sobre o gritinho aviadado que havia dado, V. Adão negou que tivesse vindo dos porões de seu próprio espírito, onde mantém acorrentado o menino mariquinha que ele vem tentando assassinar desde sempre.

A reportagem da FEIXnews perguntou então ao pai de V. Adão, Houtro Veladão, se o filho alguma vez teria dito ter sentido, em algum momento, atração por pessoa do mesmo sexo. "Agora, agorinha mesmo", respondeu o sumo pontífice da igreja Balística da Ladainha com um enigmático sorriso (foto).

O repórter Bohn Badão foi aconselhado pelo diretor de redação da FEIXnews a deixar o local o mais rápido possível. Mais detalhes assim que o fogo do pastor apagar.

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(Luís Antônio Albiero, de Capivari, SP, em Jacareí, SP, aos 5 de junho de 2023)


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30/06/2023

Sorte o Sirva

“Sorte ele, seu juiz! Sorte ele, dotô!”, esgoelava meu amigo de Capivari, o Nivardo, gente dos Borba, caprichando no gostoso sotaque característico de cá dos lados de Piracicaba.

O Nivardo assim berrava em um dia em que esteve na vigília, em Curitiba, defronte o prédio da polícia federal. Fazia sol e uma revoada de marrecos cruzava os céus da cidade onde o então ex-presidente fora confinado pelo juiz que, em seu linguajar também peculiar, falava e ainda fala “conje”, “cupção” e “depedrar”, dentre inúmeros outros estranhos vocábulos de uma língua à qual um ministro designou como “morês”. “Muito semelhante ao português”, explicou o supremo malvado favorito.

Por mais que o Nivardo arrebentasse a própria goela e estourasse os tímpanos dos circunstantes, o fato é que o juiz ladrão não “sortava” o ex-presidente.

Água mole e berro caipira tanto batem que um dia chegam ao Supremo Tribunal Federal. Lá, finalmente, outro ministro, também paranaense, depois de tanto fazer ouvidos moucos ao advogado noivacolinense, eis que se mostrou todo ouvidos às súplicas do meu conterrâneo. E o preso político foi “sorto”. Graças, evidentemente, ao meu amigo, o Nivardo Borba e seus berros d’água.

O político, que da cela ouvia com alguma dificuldade os brados de “sorte, sorte” do Nivardo, tomou-os como uma bênção e se tornou, de fato e de direito, um homem de sorte. E bota sorte nisso. Tanta sorte que assim que foi “sorto” ganhou a eleição e conquistou seu triplex, seu terceiro mandato presidencial.

Mal tomou posse e já de cara teve de enfrentar uma tentativa de golpe de Estado. Conseguiu evitá-lo, segurando na unha a Democracia que escapava como touro bravo. Puro golpe. De sorte, claro.

No sexto mês de seu governo, por sorte o país já respirava aliviado. Por sorte, os preços começaram a baixar. Por sorte, o dólar iniciou um movimento de queda vertiginosa. Por sorte, o Congresso aprovou o arcabouço fiscal. Por sorte, tudo começou a dar certo, pondo fim e cabo aos seis anos de temeridades, destruição e azares bolsonarentos (toc, toc, toc na madeira, mangalô três vezes!!!).

Os jornais passaram então a registrar em editoriais e manchetes de primeira página que todos os avanços, todas as conquistas, eram pura sorte. A Globo News, o Merval e toda a mídia de cativeiro só falavam nos bons fados, nos bafejos benfazejos do destino que passou a nos sorrir.

A inflação em baixa, sorte. Os empregos e os salários em alta, sorte. Os descontos nos carros populares, sorte. A picanha e a cerveja de volta aos finais de semana, nada mais do que sorte.

Foi por sorte que o Brasil recuperou sua imagem e seu lugar de destaque na geopolítica internacional. Por sorte foram conquistados bilhões de dólares para socorrer a Amazônia.

Descobrimos que somos um povo de sorte, de muita sorte. Que, no caso, tem nome e sobrenome. Atende por Luiz Inácio Sorte da Silva. Temos a sorte de o termos vivo e forte na presidência da República, já pela terceira vez e a caminho da quarta.

Sorte maior, digo no entanto, a bem da justa justiça e da verdade verdadeira, é termos o Nivardo Borba, o caipira cá de Capivari, que tem tudo a ver com essa “sorte tuda”.

(Luís Antônio Albiero, de Capivari, SP, aos 30 de junho de 2023)


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23/06/2023

Plot Twist

Era uma vez um juiz de certa capital agrícola de um modesto estado de seu país que tinha por esporte predileto maltratar advogados com os quais interagia nas lides judiciais.

Muito vaidoso, deu-se conta o pretor, certo dia, de sua insignificância. Inconformado, resolveu projetar seu nome empreendendo perseguição logo ao líder político mais amado da nação. Tal empreitada tornou-o, de fato, conhecido por todo o país e pelo mundo afora.

O juiz humilhou o líder mais amado, a quem condenou e mandou prender sem crime nem prova alguma, e, com o advogado deste, praticou o esporte de sua preferência.

Por tal proeza, passou o magistrado a ser tratado como herói nacional. Além da fama, amealhou muito capital promovendo palestras para ricos empresários em que expunha o seu cativo como se este fosse um ser humano exótico, a exemplo dos selvagens que, em séculos recentes, eram apanhados de tribos da América do Sul e da África e exibidos como monstros em espetáculos públicos na Europa.

Com seu modo peculiar de exercer a magistratura, sem qualquer limite ético ou legal, abriu e pavimentou o caminho para a eleição, ao cargo de presidente da República, de um opositor de seu enclausurado, um sujeito desprovido de qualquer brilho, espécie de palhaço sem graça conhecido por suas diatribes e verborragia extremista.

Eleito o adversário de seu prisioneiro, o juiz ofereceu ao vitorioso a própria alma, com a condição de que em retribuição lhe fosse concedido ascender à excelsa judicatura.

O presidente recém-empossado levou-o então para o seu governo. Deu-lhe status de ministro e muito poder, com promessa de conduzi-lo ao tribunal mais elevado do país. Não tardou, porém, para tratá-lo como cão sarnento e dar-lhe um insultante chute no traseiro.

Ainda assim, o ex-juiz, como cachorrinho desprezado pelo dono, para ele voltou correndo, rabinho entre as pernas e a cara pidonha dos animaizinhos carentes de afeto e ração. Com auxílio envergonhado do antigo dono e ainda valendo-se da fama que obtivera com a prisão do líder mais amado da nação, o venal ex-magistrado acabou eleito senador por seu estado de origem.

Já o mais amado, por conta das injustiças que contra si empreendera o ex-juiz, eis que fora enfim libertado da masmorra em que estivera confinado. No primeiro pleito seguinte, derrotou seu opositor e foi novamente eleito presidente da República. Logo indicou, para ocupar vaga na corte suprema, o seu próprio advogado, o mesmo que com galhardia e competência houvera enfrentado as arbitrariedades do antigo herói de renome internacional e pés de barro.

Para valer a nomeação, todavia, o advogado teve de se submeter a uma sabatina no senado, como determinava a Constituição.

Quis o destino que o primeiro a lhe dirigir perguntas fosse exatamente o cachorrinho, agora elevado à condição de senador da República, graças ao apoio do Calígula dos trópicos defenestrado da presidência, embora ele próprio prestes a perder o cargo em razão das ilicitudes que cometeu no trânsito entre a magistratura e a política.

Na câmara alta do Parlamento, o Incitatus tupiniquim, em sua versão canina, emitiu uns grunhidos, uns latidos tímidos, mais próximos do grasnado abafado de marreco, aos quais o fleumático advogado respondeu com argúcia e respeitosas sutilezas, esbanjando sabedoria. Para desalento do parlamentar que abdicara da toga em busca do sonho supremo, o causídico teve seu nome aprovado por ampla maioria dos senadores.

Plot twist: o cachorrinho, que tudo fizera para alcançar seu desejo de chegar ao tribunal mais importante da federação, eis que acabou atuando como coadjuvante na cena final em que ao cargo por ele almejado ascendeu justamente seu desafeto, a quem, em passado recente, houvera tratado como rábula ordinário, com imenso desprezo, desrespeito e humilhação.

Que baita enredo, que final inesperado! Que história sensacional!

(Luís Antônio Albiero, de Capivari, SP, em Jacareí, SP, aos 23 de junho de 2023)


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22/05/2023

Os Últimos Bolsonaristas-Raiz

Eles hoje são poucos, e menos aguerridos do que foram até há pouco tempo, mas alguns ainda resistem. É o caso do cidadão Donizeti Santos, um dos mais empedernidos defensores do genocida que hoje nos desgoverna com quem tenho o desprazer de me defrontar diariamente pelo Facebook.

Eu não o conheço pessoalmente, nunca havia ouvido falar dele até conhecê-lo num grupo de minha cidade. Não sei se é conterrâneo, se mora mesmo na cidade, sequer sei se existe de verdade ou se é "fake", mas ele está lá, todo dia postando algumas coisas a favor do seu "Micto" e muitas, mas muitas mesmo, contra Lula, contra o PT, contra Dilma e contra todos nós, petistas.

Quem chega de fora e entra no grupo "Eleições Municipais Capivari" imagina, pela frequência com que ele posta coisas contra o PT, que o partido deve estar no poder ao menos na minha cidade. O PT nunca, jamais governou Capivari. Teve apenas três vereadores (eu mesmo, por dois mandatos, o saudoso Derly Andriotti - meu companheiro de bancada no início dos anos 90 -, e Getúlio Pedro Ferraz, que me substituiu por três meses na câmara e hoje já não milita mais no partido, ausência pela qual muito sinto).

Enfim, o glorioso Donizeti, a quem chamo de Donizeti Mentiras Santos, ou simplesmente "Senhor Mentiras" - porque é um mentiroso contumaz -, é um incansável detrator do PT porque reconhece a força que tem o partido em âmbito nacional, mesmo sabendo que na minha cidade é frágil.

Hoje, em mais um ataque do infeliz a Lula (usando aquela imitação grosseira do ex-presidente sobre as "denúncias" de Antônio Palocci no Jornal Nacional), em que ele, em comentário, insiste na inverdade de que seu Micto "pelo menos não tem acusação de corrupção contra si e seu governo", deixei a seguinte resposta:

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"Prezado, é o seguinte.

O genocida está em pleno exercício do poder que lhe foi conferido. Aliás, 'pleno' não é a melhor palavra, porque ele se recusa a exercer os poderes mais espinhosos, aqueles que exigem maior senso de responsabilidade e comprometimento com o povo. Enfim, formalmente é o presidente e está na presidência.

Investigar um presidente enquanto presidente é muito difícil. Observe como as investigações sobre a morte de Marielle Franco pararam desde que ele assumiu o cargo.

Ele - ao contrário de Lula e Dilma - controla com rédea curta o Procurador Geral da República, a quem 'compra' com insistentes promessas de conduzi-lo ao STF. O PGR é a única autoridade no país, por definição da Constituição, com competência para denunciar o presidente da República por crime comum.

Afora a morte de Marielle, estão paradas também as investigações da corrupção praticada por ele próprio durante os 28 anos em que vegetou como deputado federal, corrupção fofamente chamada de 'rachadinha'.

Recentemente, eclodiu o 'bolsolão', ou 'tratoraço', que é a compra dos deputados e senadores, basicamente os do 'Centrão' (que ele jurou que jamais de uniria a eles...), com emendas do orçamento, destinadas principalmente à aquisição superfaturada de tratores.

O 'bolsolão' é infinitamente maior, em valores, do que se dizia do célebre 'mensalão'.

Comprados os agentes políticos que poderiam investigá-lo, impossibilitam-se as investigações.

Além de controlar seu principal investigador, o PGR, BolsoNero controla dentro de casa a Polícia Federal e todos os mecanismos internos que poderiam iniciar investigações contra ele e seus ministros, como a CGU, hoje praticamente extinta por ele e seu ex-ministro, outro 'herói nacional' (sqn), Sérgio Moro.

Fatos simples, como o passeio da alegria do Hélio Negão, do Max Moura, do Arnesto que não pediu desculpas, do Dudu Bananinha e do Fábio WajTarde a Israel, a tal viagem 'para não ver' o spray nasal, esse honesto governo que você venera decretou sigilo por cinquenta anos!

Além do sigilo da viagem, decretou o sigilo dos gastos expressivos com as férias do Micto, dos milionários gastos com cartões corporativos dele e Michelle e de tudo o que pode comprometer ou iniciar uma investigação sobre a 'honestidade' do seu despresidente.

Esse seu governo 'sem corrupção' tem feito o que pode para esconder dados e fatos suspeitos, burlando a lei de acesso às informações e a lei da transparência, ambas vigentes desde os tempos do "corrupto" presidente Lula...

Interessante o contraponto, não é mesmo?

Há ainda o já esquecido, a despeito de pouco explorado, episódio do escândalo de Itaipu, ao qual a mídia deu pouca atenção, mas que envolveu grana muito elevada.

Isso tudo, meu caro, começará a vir à tona com toda a força a partir do dia seguinte ao que ele deixar, por encerramento natural do mandato ou pelo inevitável impeachment, a presidência da República e perder o foro privilegiado - que ele e filhos tanto condenaram enquanto era 'para os outros' -, e perder as rédeas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Note - e talvez você não saiba, ou não se lembre, ou não queira se lembrar - que durante os oito anos em que Lula foi presidente ele, sem toda essa sanha controladora de BolsoNero, não foi alvo de NENHUMA investigação. Nem Dilma, que, aliás, sofreu poucas investigações e foi absolvida em todas.

Lula, meu caro, deixou o governo em 2011 e só em 2015 - portanto, quatro anos depois - surgiram as primeiras acusações, as primeiras investigações, já no bojo da antes feroz e hoje falecida 'Operação Lava Jato', levada a efeito pela Organização Criminosa de Curitiba que tinha por objetivos golpear Dilma, impedir Lula de retornar à presidência e extinguir o PT. Ou seja, apenas serviu de instrumento político de uma elite burguesa que já não tolerava mais os avanços sociais dos governos petistas. E que foi fundamentalmente útil para a eleição de BolsoNero.

E o que se tem hoje, depois de todo vendaval contra Lula e Dilma e o PT? Lula de volta ao cenário político, firme e forte, reconhecidamente inocente, liderando as pesquisas de opinião sobre a próxima eleição presidencial.

Mas não tema. Se seu santo Micto for mesmo honesto como Lula, como Dilma, por mais graves que sejam as injustiças que venham a cometer contra ele, no final das contas ele vencerá. Lula e Dilma venceram todas as falsas acusações, todas as mentiras, todas as feiquinius, toda a sordidez que lhes impuseram no caminho.

Tenha fé. Nada é mais forte do que a Verdade e do que a verdadeira Honestidade.

Força aí. Quero vê-lo na vigília diante da Papuda dizendo, meses a fio, faça sol ou faça chuva, enfrentando o frio e o calor, dizendo pela manhã 'bom dia, presidente BolsoNero', na hora do almoço 'boa tarde, presidente BolsoNero' e antes do sagrado descanso na barraquinha 'boa noite, presidente BolsoNero'!"

*********

PS.: Pesquisando no perfil desse Donizeti Mentiras Santos, vi que ele é de São Miguel Arcanjo, reside em São Roque e trabalha na empresa 3 Corações, em Araçariguama, às margens da Rodovia Castelo Branco. Não tem nada a ver com Capivari. Sequer tem amigos nesta cidade. Detectei um único "amigo em comum", da cidade de Rafard.


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07/05/2023

Desmascarando a Vizinha de Infância

Adoro meus amigos de infância. E sou sincero, adoro mesmo.

Gosto ao ponto de tentar fazê-los acordarem dessa catarse coletiva chamada "bolsonarismo".

Quando a amiga me diz "não quero saber das suas explicações", sei que ela quer dizer "não quero saber da verdade".

Mas eu insisto em levar a verdade aos meus amigos.

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C***, querida. Sou fã de sua simpatia transbordante, dessa sua elegância, da sua educação!

Acho interessantes vocês.

Ouvem ou leem uma feiquinius, têm ânimo para reproduzir a feiquinius, para sair comentando, para espalhá-la, mas na hora do desmentido fazem-se de desentendidos.

Para quem teve preguiça de ver o vídeo, espero que não a tenha para ler a reprodução.

Fiz especialmente para vocês!

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DESMASCARANDO:

Pessoal, eu queria abrir este vídeo da noite mostrando que a Bandeirantes cometeu um erro grosseiro, tá. Espalhou erro grosseiro sobre o preço do hotel do Lula. Essa feiquinius foi vasta... está sendo, né, vastamente utilizada pelos bolsonaristas. Então, foi uma vergonha total. E aí eles fizeram um editorial agora à noite se retratando. Não adianta.

O estrago já foi feito:

"REPÓRTER BAND (defronte o hotel): a informação que eu tenho é que o Lula e a primeira dama vão ficar hospedados na suíte real, no sétimo andar, e a diária pode chegar a 15 mil libras, o equivalente a quase 95 mil reais

LOCUTORA BAND (estúdio): Mas isso é cortesia da Coroa britânica ou a gente paga a conta?

LOCUTOR BAND (estúdio): só pra dormir?

OUTRA LOCUTORA BAND (estúdio): é, isso é importante (risos).

REPÓRTER BAND: pois é. A gente tá em contato com o governo brasileiro desde ontem, porque a informação que eu tenho é que é uma conta paga pelo governo brasileiro"

(CORTE)

"OUTRO LOCUTOR BAND (estúdio): o grupo Band havia divulgado ontem que o preço da diária do hotel em Londres onde o presidente Lula se hospedou poderia chegar a 95 mil reais. Mais tarde, no Jornal da Band, uma fonte do governo informou que não passou de 40 mil reais a diária paga. Agora está confirmado, o preço pode chegar a, no máximo, 37 mil reais. Lamentamos a distorção da notícia publicada antes".

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DESMASCARANDO: Bem, eu queria comentar duas coisas sobre isso. Primeiro uma reportagem de 14 de fevereiro do ano passado:

"Bolsonaro fica em hotel de 100 mil reais e banheiro de mármore. Viagem de Bolsonaro à Rússia acontece em momento de enorme tensão na região" (lendo o jornal Metrópoles).

E aí eu também sugiro uma matéria:

"FHC faz sua última viagem ao exterior", dia 8 de dezembro de 2002.

Sugiro a leitura porqué e é uma matéria em que o repórter, em tom totalmente amigável, né, o repórter mostra ali o quanto o hotel é bom, mostra as coisas, comenta as coisas que tem no quarto e tal, mas num tom muito ameno, inclusive tira uma foto do FHC mostrando a banheira lá do quarto do hotel.

Então, essa marcação especial com o Lula pode ter realmente uma origem na questão social dele, enfim, que ele teve uma origem simples, não sei. Porque, realmente, que existe uma pegada especial, uma cobrança especial em relação a ele...

Todo presidente do Brasil fica em hotéis excelentes. Agora, quando chega com ele, não pode

25/03/2023

Maldita Mídia Velha

“Eu me lembro com saudade o tempo que passou", cantava o jovem Roberto Carlos na virada dos anos sessenta para setenta do século passado, hoje expoente da boa e velha guarda da MPB, versos que o eterno rei completava com o refrão "velhos tempos, belos dias".

O adjetivo "velho" tem diversas acepções. Quando dizem de mim, por conta dos cabelos em neve e à porta da idade que me outorgará a condição oficial de idoso, em geral assim tachado por gente com bem menos tempo de juventude do que eu, costumo dizer que torço para que a natureza contemple meu interlocutor com a bênção da velhice, esta mesma com a qual ele crê me achincalhar, porque a única alternativa a ela será uma experiência sobre a qual ele não estará aqui para contar como terá sido.

Noutra acepção, como na bela canção do rei hoje octogenário, "velho" traz à mente algo bom, agradável, reconfortante, nostálgico. Essa concepção acaba me deixando incomodado sempre que leio ou ouço o tratamento que se dá ao jornalismo cativo como "velha mídia". Soa fofo e pode despertar uma nostalgia que não corresponde à realidade. Quem, como eu, acompanha desde tenra idade a mídia brasileira sabe como ela se comportou nesses anos todos. Ela, de fato, envelheceu, e envelheceu muito mal.

Não a trato, por isso, por "velha mídia". Basta uma singela mudança de posições e tenho o que considero uma construção melhor: "mídia velha". Os canalhas envelhecem e isso se deu também com o jornalismo comandado por meia dúzia de famílias que dirigem a Casa Grande.

Hoje, porém, vi-me obrigado a atribuir outro qualificativo: maldita.

Lula deu uma longa entrevista à TV Brasil 247, serena, responsável, proveitosa. Falou de sua saga no combate pela redução dos juros, de seu empenho em criar empregos, da promissora viagem à China, dos vários programas sociais que vem implementando e que pretende realizar - um manancial de informações a serem exploradas pelos espectadores e pelos demais veículos de comunicação do país.

De uma entrevista de quase duas horas, a mídia velha destacou menos de dez segundos em que, em dado momento, o presidente permitiu-se rememorar o que dizia a procuradores que o visitavam na carceragem de Curitiba, lá entre 2018 e 2019. Quando lhe perguntavam se tudo estava bem, ele respondia que "estará bem quando eu ‘f***r’ o Moro". Contou isso com serenidade, rindo, depois de um momento de emoção ao relembrar a dor que o ex-juiz lhe impingira ao submetê-lo a um processo de desmoralização e destruição de sua imagem.

Processo que, a reboque, levou-lhe a esposa, morta por conta da hipertensão causada pelas mentiras que contavam Moro e a mídia velha sobre o marido e filhos. Que lhe custou não poder ir ao velório do próprio irmão e ter de ficar tempo mínimo no do neto de sete anos de idade. Que também levou à morte da indústria naval, à destruição da construção civil, de milhões de empregos, da economia nacional e do estado democrático de direito. E que ainda retirou da corrida presidencial o candidato que liderava as intenções de voto porque encarnava a esperança do povo brasileiro pela volta das tantas alegrias dos velhos tempos, dos belos dias de crescimento econômico, inclusão e ascensão social.

Moro promoveu a maior fraude eleitoral da história e, literalmente, “f***u” Lula e o Brasil.

Com muita perseverança e invejável capacidade de resiliência, contando com uma defesa judicial aguerrida e competente promovida pelo próximo ministro do STF Cristiano Zanin e equipe, Lula deu o troco. Desmascarou o juiz parcial e odiento que extrapolou todos os limites éticos e jurídicos para “f***r” o petista. Enfim, Lula, sem ultrapassar os limites do devido processo legal, praticou a justa vingança só admitida pela sociedade moderna se e quando praticada pelo Estado, que detém o monopólio punitivo, com plena observância das leis e princípios jurídicos. Assim foi que ele se vingou. E, realmente, “f***u” Moro.

Na entrevista, portanto, Lula referiu-se a um desejo e a uma promessa já cumpridas e apenas contou o que era sabido por todos, ou ao menos intuído. Quem, que não tenha sangue de barata, não diria em privado que gostaria de “f***r” um seu algoz de tal magnitude em semelhante situação? Quem, senão alguém que fosse capaz de flutuar acima dos demais seres humanos?

Lula é humano, demasiadamente humano, e por mais que pregue a paz e não guarde ódio, nem alimente espírito de vingança, tem também seus momentos de desabafo em que se dá ao luxo de exteriorizar resíduos de ressentimentos ainda não completamente cicatrizados.

A mídia velha, no entanto, teve a audácia de abrir a Moro e seu dalanholzinho amestrado tempos jamais concedidos a Lula quando estes o “f**iam” dia sim, dia também. Não bastasse, essa mesma imprensa comprometida com o capital e isenta de qualquer compromisso com a verdade e com a vontade popular ainda se deu ao desplante de atribuir a Lula a condição de “desequilibrado”, com ameaças até de “impeachment”.

Ora, ausência de equilíbrio revelou o hoje senador paranaense já ao tempo em que essa característica lhe era exigida por lei, por dever de ofício. Um desequilibrado político, então maldisfarçado sob a toga, que condenou o então ex-presidente por um crime inexistente, inocorrido, improvado. Que fez malabarismo jurídico para o condenar por corrupção passiva porque uma empreiteira “atribuiu” a Lula um certo imóvel que este recusou. “Atribuir” não corresponde a nenhum dos três verbos que tipificam o crime em questão (art. 317 do Código Penal), que são “solicitar”, “receber” ou “aceitar” (a promessa de receber) vantagem indevida (propina; no caso, o tal apartamento tríplex no Guarujá). Lula não “solicitou”, não “recebeu”, nem “aceitou” promessa alguma, mas o canalha togado afirmou, na sentença, que o condenava porque a OAS havia “atribuído” o imóvel a ele.

Insuficiente o fundamento, ainda assinalou na mesma sentença que o condenava por “atos de ofício indeterminados”. Incapaz de apontar um ato de ofício ou uma omissão em relação a dever de ofício que Lula houvesse praticado ou deixado de praticar para favorecer a OAS de modo a justificar o apartamento “atribuído” a ele – uma exigência do tipo penal –, o canalha apelou para a indeterminação dos atos.

Ainda carente de sustentação sólida e vendo que não havia como caracterizar a posse do imóvel pelo ex-presidente, muito menos a propriedade do imóvel em favor de Lula, porque escritura não houve, porque registro imobiliário não houve, porque desfrute do imóvel não houve (nem por si, nem por outrem), o mesmo canalha recorreu à criatividade e inventou uma tal “propriedade de fato”, que não é propriedade, nem posse, nem coisa alguma.

Canalha, canalha, canalha! Três vezes canalha, como disse Tancredo Neves ao presidente da Câmara que cassou o mandato de João Goulart em 1964 por estar “ausente do país” num momento crítico, quando na verdade Jango se encontrava no interior do Rio Grande do Sul. Algo parecido com o que se tentou fazer em 8 de janeiro deste ano, sem sucesso, quando a Democracia brasileira foi salva graças à tecnologia do whattsapp e à argúcia do ministro Flávio Dino, experiência – a de 1964 – que pode voltar a se repetir durante a viagem de Lula à China. Mantenha-se alerta, ministro!

Mas três vezes canalha não é a medida exata de Sérgio Moro. A despeito de ter sua vida salva por uma pronta, eficiente e competente ação da Polícia Federal do governo republicano liderado por Lula, sob a batuta do ministro Dino, o ex-juiz suspeito e sempre canalha aproveitou-se da fala do presidente da República para atacar quem salvou a si e à sua família. Um ingrato, um desalmado, um injusto e, sobretudo, ele sim, um desequilibrado, porque foi à mídia velha dizer que ao mencionar que, no passado, Lula alimentava o desejo já realizado, o presidente estaria terceirizando aos seus seguidores a tarefa de promover algo grave contra o atual senador e familiares, associando a fala aos planos da quadrilha do PCC. Algo surreal e desconcatenado que não resiste a um raciocínio minimamente lógico e inteligente, mas faz todo o sentido para os que habitam a terra plana em constante estado de desequilíbrio emocional e cognitivo.

E com maior desequilíbrio agiu o ensandecido ex “preocupador da República”, aquele que seguiu o exemplo de seu “coach” de toga e também abandonou carreira jurídica sólida para aventurar-se no terreno movediço da Política, o ungido das faces róseas a quem foi concedido espaço e tempo igualmente longos na mídia velha para associar a fala de Lula à quadrilha desbaratada e presa pela Polícia comandada, em última instância, pelo atual presidente.

Um bando de canalhas desequilibrados que arruinaram a própria biografia e hoje estão desesperados por conta de sanções que vêm sofrendo por parte do CNJ e do TCU, por conta dos excessos cometidos. Dallagnol chegou ao cúmulo de caracterizar o CNJ, o TCU e o presidente da República como extensões do “crime organizado” associado ao PCC. Isso em meio ao prende-e-solta do doleiro Alberto Youssef e às vésperas do depoimento do advogado Tacla Duran ao juiz Eduardo Appio, na próxima segunda-feira, com potencial para promover estragos irreparáveis à desmoralizada OrCrim da Lava Jato. O medo, de fato, leva a atitudes descontroladas.

E a quem a mídia velha resolveu tachar de “desequilibrado”? Exatamente ao presidente Lula, sobretudo depois que este, em nova entrevista, esta concedida “no meio da rua”, abriu os olhos da Nação para a armação do circo e do palanque que Moro resolveu montar juntando a frase dita ao Brasil 247 ao plano da quadrilha do PCC desvendado pela Polícia Federal. Logo Lula, que em cada aparição pública faz questão de frisar, com evidente sinceridade, que não guarda ódio no coração, que não age por vingança. Exatamente ele que havia acabado de dar um “pito” na companheirada radical de Pernambuco que, num evento da presidência da República, vaiou e deu as costas à governadora Raquel Lira só por ela ser do PSDB, que lá estava a convite do presidente, gestos que o reafirmam como estadista detentor de absoluto equilíbrio.

Ao longo desses anos todos em que atacou desmedidamente Lula e o PT, a mídia velha deixou cravado na História do jornalismo brasileiro o quão desequilibrada é capaz de ser e, de fato, foi e continua sendo. Mídia velha, carcomida e maldita! “Apesar de você”, como segue cantando outro ícone da velha guarda da MPB, é pelas mãos do seu “desequilibrado” Lula que estão retornando todas as alegrias dos belos dias, dos bons e velhos tempos.

(Luís Antônio Albiero, em Capivari, SP, aos 25 de março de 2023)